Kakioco's Blog

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres



Lançada, na Câmara dos Deputados, edição 2009 da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
As bancadas femininas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República e a Organização Não-Governamental Agende Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento – AGENDE lançaram, na tarde desta quarta-feira (18), no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, a edição 2009 da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Este ano, o tema da mobilização nacional é focado nas chamadas violências “sutis”, ou seja, atos de violência moral, psicológica e de controle econômico e de sociabilidade, entre outros, considerados “normais” ou “naturais” por estarem arraigados nas relações de gênero e porque, muitas vezes, não são direta ou claramente percebidos como violência pela sociedade e pelas próprias mulheres vitimadas.
Com o slogan “Uma vida sem violência é um direito das mulheres. Comprometa-se. Tome uma atitude. Exija seus direitos”, a Campanha 16 Dias de Ativismo é promovida em todo o País – entre os dias 20 de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra) e 10 de dezembro – e em mais 158 países, no período de 25 de novembro a 10 de dezembro.
Durante a cerimônia de lançamento oficial da Campanha, a diretora-executiva da AGENDE, Marlene Libardoni, destacou que a violência sofrida pelas mulheres – seja ela “sutil” ou direta – resulta em danos inestimáveis às mulheres vitimidas: “A dor não é apenas pela violência ao corpo, pela dor física. É uma dor de alma, de espírito, de dignidade pelos constrangimentos causados pelo agressor”.


MOBILIZAÇÃO – A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres tem o objetivo de mobilizar a sociedade para a busca de soluções voltadas à eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres. A 19º edição da Campanha em nível mundial e a 7ª edição em âmbito nacional convoca a sociedade a se comprometer com o tema, repensando ações e assumindo uma postura radical de enfrentamento à violência contra as mulheres.
Uma vida sem violência é um direito das mulheres assegurado pela Constituição Federal e por convenções e tratados internacionais ratificados pelo Brasil – especialmente a “Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher/Convenção de Belém do Pará” e a “Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher/Cedaw” – e a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06).
Coordenadora da bancada feminina da Câmara dos Deputados, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) disse que as parlamentares estão especialmente empenhadas na luta contra a flexibilização da Lei 11.340/06. Segundo ela, a bancada vai convidar a farmacêutica Maria da Penha para um debate, sobre o tema. no próximo mês de dezembro. A idéia, de acordo com a parlamentar, é impedir que o agressor pague pelo crime com cestas básicas. "É uma lei que, de fato, coloca em ordem e criminaliza o agressor, mas infelizmente a Lei Maria da Penha vem sofrendo agressões terríveis; agora no Senado, no processo de reforma do Código de Processo Penal", afirmou.


A CAMPANHA – A edição nacional da Campanha 16 Dias de Ativismo é coordenada pela ONG AGENDE em parceria com as redes e articulações nacionais de mulheres e de direitos humanos, órgãos governamentais, representações de agências da ONU no Brasil e empresas públicas e privadas.
Relevante parceira da Campanha desde 2003, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) foi representada, na cerimônia de lançamento, pela diretora de Programação da Subsecretaria de Enfrentamento à Violência, Kátia Guimarães. Segundo ela, a Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) registrou, só este ano, cerca de 116 mil ligações.
"Isso significa que ainda temos estatísticas elevadas de mulheres que se encontram nessa situação (de violência). A tentativa de dar visibilidade à Campanha dos 16 Dias tem, sobretudo, a finalidade de mostrar que existem, no governo federal, canais de serviços que atendem a essas mulheres”, observou.
Para Júnia Puglia, vice-diretora do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher no Brasil e Cone Sul (Unifem), a violência contra as mulheres não deve ser tratada como “assunto de mulher”. No lançamento da Campanha, ela destacou que mobilizações dessa natureza “vão se somando e, para da conta da demanda, é preciso agir de forma eqüitativa, com desejo de justiça e o ímpeto verdadeiro de superação da violência”.

CONSCIÊNCIA NEGRA – O início da Campanha no Brasil é marcado pelo Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, e segue até 10 de dezembro, com destaque para mais quatro datas-marco: 25 de Novembro (início da Campanha Mundial) – Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres; 1º de dezembro – Dia Mundial de Luta Contra a Aids; 6 de dezembro – Dia Nacional de Luta dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres / Massacre de Mulheres de Montreal (Canadá) / Campanha do Laço Branco; 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A mobilização, no Brasil, começa no Dia Nacional da Consciência Negra como forma de destacar a dupla discriminação por que passam as mulheres negras brasileiras. Para lembrar a data, a deputada Janete Pietá (PT-SP) organizou, ao final do lançamento da Campanha 16 dias de Ativismo, em nome da bancada feminina no Congresso Nacional, ato político e cultural com mulheres negras de Brasília. Coordenaram a manifestação, as Ialorixás Mãe Marinalva dos Santos, presidente da Federação Brasiliense e Entorno de Umbanda e Candomblé, e Mãe Daiana, diretora da Federação Brasiliense e Entorno de Umbanda e Candomblé

PARTICIPAÇÕES – A solenidade de lançamento nacional da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres foi prestigiada por parlamentares, integrantes do Ministério Público, representantes de organizações e redes de mulheres e entidades defensoras dos direitos humanos, além de líderes comunitárias e religiosas.
Entre os participantes, estiveram no Salão Nobre da Câmara as deputadas Emília Fernandes (PT-RS), Fátima Pelaes (PMDB-AP), Luiza Erundina (PSB-SP), Fátima Bezerra (PT-RN), Lídice da Mata (PBS-BA), Cida Diogo (PT-RJ), Ana Arraes (PSB-PE), Ângela Portela (PT-RR) e Janete Capiberibe (PSB-AP); a promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Gênero do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Laís Cerqueira Silva, e a coordenadora da União de Mulheres de São Paulo, Maria Amélia Teles, que representou a Rede de Promotoras Legais Populares.

Estados e municípios mobilizados pelo fim da violência contra as mulheres
No Brasil, a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres começa oficialmente na próxima sexta-feira (20). Mas, a mobilização nos estados e municípios de todo o país já é grande. Todos com o mesmo propósito: mobilizar a população para o enfrentamento da violência contra as mulheres e disseminar informações buscando soluções para o cenário da violência a que as mulheres estão expostas, independentemente de raça, idade e classe social.
Pesquisa realizada este ano, pelo Data Senado, aponta que 62% das entrevistadas disseram conhecer mulheres que já sofreram violência doméstica e familiar. Entre os tipos de violência sofrida, as mais citadas foram a física (55%), a moral (16%) e a psicológica (15%). A violência contra as mulheres é um fenômeno que atinge pelo menos uma em cada três mulheres, adolescentes e meninas no mundo, segundo dados do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem/2009).
Durante o período da Campanha 16 Dias de Ativismo, de 20 de novembro a 10 de dezembro, serão realizados debates, manifestações públicas, exposições e diversas atividades com a participação da sociedade, do governo e de especialistas ligados à temática da violência contra as mulheres.
A agenda de mobilização durante a Campanha, com informações sobre todas as atividades e manifestações, é diariamente atualizada no blog da campanha (http://campanha16dias.mkt9.com/registra_clique.php?id=H60833139675874&url=http://www.agende.org.br/16dias), de acordo com as programações enviadas, para a AGENDE, pelas instituições promotoras de ações nos estados e municípios.
Esperamos mobilizar todo o país, sensibilizando a população e os governantes sobre as diversas formas de violência sofrida pelas mulheres. “Pretendemos, também, mostrar que todos são responsáveis pela busca de soluções para esta problemática para que uma vida sem violência seja um direito de todas as mulheres brasileiras”, defende Marlene Libardoni, diretora-executiva da AGENDE.
Este ano, a edição nacional da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres tem o apoio financeiro do Unifem e do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)/Fórum dos Seconcis, com patrocínio do Instituto Avon.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

transformAÇÃO

a vida tem sido implacável quando o assunto é transformar-me.

quando vejo já não sei mais quem sou,

só sei que não sou mais quem um dia fui.

às vezes tenho saudade do que fui,

outras, tenho saudade do que ainda não fui.

e assim, nesse mar de transformações e saudades é que navego,

ao sabor do vento do destino

cheia de medos, mas com os porões carregados de esperanças.

lanço minhas redes em busca de algo para saciar minha fome

pois estou faminta, desesperada por um pedaço de felicidade.

domingo, 13 de julho de 2008

é...

OI Seu Blog!
Faz tempo que não ando por essas bandas...me bateu uma saudade e resolvi aparecer por aqui pra te ver!
Não foi por falta de coisas pra te contar que fiquei sem vir aqui...foi por pura falta de tempo, mesmo.
Eu sei...parece uma desculpa esfarrapada! E quem sabe seja mesmo...
Mas, não te estressa...qualquer dia eu passo aqui pra te contar o que eu ando fazendo. Não é nada de muito extraordinário.
Já sei, já sei...vais dizer que eu estou mais pra ordinária do que pra extraordinária, né? hehehe! Te conheço, Seu Blog! De outros carnavais!!!
Seguinte, loco...outro dia passo por aqui pra bater um papo contigo...hoje tô "meia" sem tempo, tá?
Te cuida!
Vê se me liga de quando em vez! O número continua o mesmo, eu é que já não sou mais a mesma...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Salve o Almirante Negro - João Cândido

A Revolta da Chibata
João Cândido




João Candido entrou para a história por liderar, em 1910, o levante armado dos marujos contra o uso de castigos físicos na Marinha brasileira. Herança militar portuguesa, os maus-tratos eram uma regra entre os navais.Nascido em Rio Pardo no Rio Grande do Sul, em 24 de junho de 1880 filho de de ex-escravos, João Cândido entrou para a corporação em 1894, aos 14 anos — época em que as Forças Armadas aceitavam menores e a Marinha, em particular, recrutava-os junto à polícia. Este não foi o caso de João Cândido. Recomendado por um almirante, que se tornara seu protetor, logo desponta como líder e interlocutor dos marujos junto aos oficiais.

Em 1910, uma viagem de instrução à Inglaterra alicerça entre os marinheiros brasileiros as bases para o levante conspiratório que poria fim ao uso de castigos físicos na Marinha. Durante a viagem inaugural do Minas Gerais, João Cândido e companheiros tomam ciência do movimento pela melhoria das condições de trabalho levado a cabo pelos marinheiros britânicos entre 1903 e 1906 e, ainda, da insurreição dos russos embarcados no encouraçado Potemkin, em 1905.

De volta ao Brasil, o estalo das chibatas não cessa, e os soldos baixos — contrastando com o status de maior frota náutica do mundo, superior até mesmo à inglesa — acirra o clima de tensão entre os marujos. Até que em 22 de novembro de 1910, a lembrança das 250 chibatadas recebidas por um marinheiro, no dia anterior, deflagra o início da revolta.

João Cândido e colega marinheiro

Durante quatro dias, marinheiros liderados por João Cândido (figura central da tomada dos navios, das negociações e, é claro, do ódio da Marinha Brasileira e do Governo Brasileiro) e entrincheirados nos navios São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Deodoro — ancorados ao longo da Baía da Guanabara — lançam bombas na cidade. Ao toque de recolher, o ataque estava pronto. Os marinheiros estavam dispostos a dar um fim à violência e humilhação que marcava as suas costas com o couro das chibatas. Como sentenciou João Cândido, o Almirante Negro, "Naquela noite o clarim não pediria silêncio e sim combate".

A estrutura da sociedade brasileira na República Velha refletia o quanto ainda eram perenes as marcas de mais de 300 anos de escravidão. Uma sociedade, que, poderíamos afirmar, era erigida sobre as bases da violência e da hierarquização social, identificando na população negra, claramente, o labéu da antiga condição de escravos, que ao sair das senzalas não tiveram melhor sorte. Foram jogados nas cidades para desempenhar as piores atividades existentes, recebendo praticamente nada e trabalhando em condições aviltantes.
Na Marinha Brasileira, a situação não era diferente. Estima-se que cerca de 80% da "maruja" era constituída por negros e mulatos. Em contrapartida, a oficialidade era formada por filhos de antigos senhores de escravos. Em muito pouco mudava, efetivamente, o antagonismo entre a casa grande e a senzala, apenas posto naquele momento em outros termos. A "maruja" não era melhor tratada do que seus pais ou avós, sendo que em geral eram filhos de ex-escravos. Recebiam um soldo miserável, alimentavam-se com uma comida detestável, quando não estragada e, o pior, eram castigados com chibatadas, amarrados pelos pés e pelas mãos, em cerimoniais bárbaros, de "castigos exemplares". O regulamento da "Companhia Correcional", como salienta Mário Maestri em "Cisne Negro: Uma História da Revolta da Chibata"(Ed. Moderna, 2000), permitia, 22 anos após a abolição da escravatura, a punição física pela chibata.
João Candido foi preso, o que acabou com a manifestação. Por um lado, ao menos parte das reivindicações dos amotinados foi atendida, em relação a comida nas embarcações e ao fim das chibatadas. Os seus principais líderes foram traídos e a maioria dos participantes foram mortos. Dezoito dos principais líderes dos marinheiros envolvidos na ação foram jogados numa solitária do Batalhão Naval, na Ilha das Cobras. Antes de encarcerá-los, o pequeno catre que os receberia é "desinfectado", jogado-se baldes de água com cal. Nos quentes dias de Dezembro, a água evapora e o cal começa a penetrar nos pulmões dos prisioneiros. Sob os gritos lancinantes de dor, as ordens são claras: a porta deve permanecer trancafiada. É aberta, ao que se sabe, apenas no dia 26 de Dezembro. Naquela sala de horrores, dos dezoito marinheiros ali trancafiados, dezesseis estão mortos, alguns já podres. João Cândido sobrevive. Apenas ele e um outro marinheiro saem vivos, ainda que muito mal, daquele desafio infernal.Todavia, os 59 anos de vida que teria pela frente após estes momentos de glória e de terror seriam árduos. Banido da Marinha, com uma tuberculose que o acompanhou durante os seus oitenta e nove anos de vida, teve de lutar muito pela sobrevivência. Trabalhou fazendo bicos em navios de carga, que logo tratavam de despedi-lo se descobriam quem era. Ganhou por muito tempo a vida na estiva, descarregando peixes na Praça XV, no Rio de Janeiro. Mesmo velho, pobre e doente, permaneceu sempre sob as vistas da Polícia e do Exército, por ser considerado um "subversivo" e perigoso "agitador"."Nós queríamos combater os maus-tratos, a má alimentação (...) E acabar com a chibata, o caso era só este" — declarou João Cândido, em 1968, em depoimento ao Museu de Imagem e do Som.
João Bosco e Aldir Blanc escreveram uma música em homenagem a João Cândido, mas tiveram que fazer 3 mudanças na letra, até que a censura a liberasse.

O Mestre Sala Dos Mares

Há muito tempo nas águas da Guanabara
o dragão do mar reapareceu
na figura de um bravo marinheiro
a quem a história não esqueceu
Conhecido como almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar
Na alegria das regatas
foi saudado no porto pelas mocinhas francesas,
jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas dos negros
Entre cantos e chibatas,
inundando o coração do pessoal do porão
que a exemplo do marinheiro, gritava então:
"glória aos piratas, às mulatas, às sereias;
glória à farofa, à cachaça, às baleias;
glória a todas as lutas e glórias
que através da nossa história
não esquecemos jamais.
Salve o almirante negro
que tem por monumento
as pedras pisadas do cais".
Bibliografia recomendada:



quarta-feira, 18 de julho de 2007

Sobre o Influenza e sua influência na vida das pessoas



Ah...o vírus Influenza!! Esse pega e não quer nem saber! Me pegou, deu uma tunda, jogou na cama e eu nem pude fazer um B.O! Fiquei só na saudade...literalmente! Na saudade da minha casinha, que eu ia na segunda e não tive condições de embarcar no Penha nha nha!


Mas, já estou recuperada...parcialmente...mas vou terminar de me recuperar pertinho da minha mãe e do meu mano.


Mas voltando ao Influenza...até hoje ninguém chegou a um consenso...é ser vivo ou não é ser vivo? Ser ou não ser...essa não é a questão! A questão é que esse desgraçado não me pediu licença, entrou no meu corpo e dominou a situação...isso é pior que paixonite aguda!


Espero que tão cedo eu não me encontre com esse tal de Influenza...3 dias com ele e não fiquei com nenhuma saudade!


quinta-feira, 12 de julho de 2007